Após um tempo, o músico decidiu enviar uma fita para a gravadora Chess Records, selo tradicional do blues que contava com artistas como Willie Dixon, Muddy Waters, Howlin’ Wolf, Little Walter e Koko Taylor. Em 1960, passou a fazer as guitarras das gravações destes grandes mestres da Chess. Mas não era o suficiente.
Em 1968, foi para a Vanguard Records e gravou dois álbuns clássicos: A man and his blues e
Hold that plane. A partir desta época, seu estilo único e selvagem de tocar, além de seu vocal bastante peculiar, começaram a chamar a atenção de músicos do rock, principalmente os ingleses. Eric Clapton disse, em 2005: “Buddy Guy foi para mim o que Elvis foi para muitos outros.”
Depois daí, a carreira de um dos maiores guitarristas da história do blues deslanchou. Realizou parceria com o gaitista Junior Wells e lançou o disco Buddy and the Juniors. Em 72, sai Buddy Guy and Junior Wells play the blues, disco produzido por Eric Clapton, Tom Dowd e Ahmet Ertegum. Dois anos depois, Guy se associa ao baixista dos Rolling Stones, Bill Wyman, que produz e toca no álbum ao vivo chamado Drinkin’ TNT ‘n’ Somkin’ Dynamite.
Em 1989, Buddy abriu o clube Buddy Guy's Legends, em Chicago, considerado o lugar preferido da maioria dos artistas de blues para se apresentar. Em 1990 e 1991, o músico tocou junto com Eric Clapton no Royal Albert Hall, em Londres, num show somente de guitarristas. Esta participação lhe proporcionou um contrato com a Silvertone Records, onde ele gravou diversos álbuns; o primeiro, Damn right, I’ve got the blues, de 1991, contava com a participação especial de Eric Clapton, Jeff Beck e Mark Knopfler e ganhou disco de ouro - vendeu 500.000 cópias -, além de receber um Grammy.
Dois anos depois, em 1993, o sucesso continuou: Buddy gravou Feels like rain e, em 1994, Slippin’ in, ganhando o Grammy com os dois discos. Assim, vieram, em seguida, os discos Live: the real deal, Heavy love, Sweet tea – no qual Buddy retornou ao blues de raízes -, Blues Singer e, por último, em 2005, Bring ‘Em in, em que o músico contou com a participação de Carlos Santana e John Mayer.
Artur Menezes e Buddy Guy
A experiência de Artur Menezes em Chicago proporciona, além de momentos de estudo e prática do blues, encontros como esse que aconteceu na semana passada. O guitarrista cearense pôde entrar em contato com Buddy Guy, essa lenda viva do blues, que influenciou nomes como Clapton, Hendrix e Vaughan, com um estilo peculiar de tocar a guitarra e voz marcante.
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Leia mais sobre a vida de Buddy Guy (em inglês): http://www.buddyguys.com/AboutBuddyGuy/index.html
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